Almir Maia: um homem justo ˗ por Josiane de Souza.

Almir Maia: um homem justo ˗ por Josiane de Souza.

ALMIR credirto fábio medes

Na floresta só existe lembrança dos amorosos,

os que dominaram o mundo e oprimiram e conquistaram.

Os seus nomes são como letras dos nomes dos criminosos.

Conquistador entre nós é aquele que sabe amar.

Dá-me a flauta e canta

e esquece a injustiça do opressor.

 ( Khalil Gibran)

A tradição da mística judaica nos conta a história dos Tzadikim Nistarim, dos 36 homens justos, homens existem para justificar a raça humana, dignificá-la  aos olhos de Deus e dos próprios homens. Não conhecemos a identidade deles, porque as suas vidas são simples, não buscam a celebridade, a notoriedade. Eles apenas seguem o caminho com a dignidade do seu caráter, atuando e realizando as tarefas do seu coração. Quando a missão do homem justo está realizada, ele morre e é preciso que outro homem justo assuma o seu lugar para que o mundo não deixe de existir.

Não é fácil encontrar um homem justo, sobretudo nos dias de hoje. Quando a ambição e as vaidades imperam, a condição de Nistarim, de agir com dignidade, seja qual for a situação, de carregar as injustiças sem nunca negar a sua missão, é uma escolha: uma auto-imposição do justo.

Podemos olhar, reconhecer, agradecer as obras dos homens justos e temos a obrigação de conservá-las e compartilhá-las com as outras pessoas. Esta não é tarefa fácil, porque há sempre os usurpadores, os inescrupulosos, os mercadores que ambicionam as obras dos homens justos.

Almir de Souza Maia foi um homem justo, íntegro ˗ a imagem de integridade é a primeira que me vem à lembrança quando penso na trajetória de sua vida como educador, administrador , construtor da Unimep e, consequentemente, dos unimepianos. Quem passou, quem passa pela Unimep (seja como aluno, professor ou funcionário) é tocado por essa integridade e é inevitavelmente revitalizado  pelo desejo de construir uma sociedade mais digna, mais solidária.

Por isso, em homenagem ao homem justo que foi Almir de Souza Maia, os unimepianos reafirmam hoje o compromisso de educar, ensinar e continuar a sua obra.

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jô

 

 

 

 

 

Josiane Maria de Souza é coordenadora do curso de Letras Língua Portuguesa da Unimep.

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